12/08/2012

Mito de Cassandra Parte 1





Apolo apaixonou-se por Cassandra, "aquela que envolve os homens".
Em troca do dom da profecia, ela prometeu se entregar ao deus grego. Mas, após ter recebido a graça, Cassandra negou seu amor a Apolo que, por vingança, lhe impôs um curso: suas profecias, todas verdadeiras, jamais seriam acreditadas.
O mito realiza a impotência da persuasão para as coisas importantes que nos mantém a vida e a facilidade da ilusão das coisas que nos arruínam. Cuida da confiança entre os homens, questão de difícil assimilação.
Tróia caiu por não acreditar em Cassandra: ela dizia que o mal estava nas entranhas da beleza aparente. Falava do Cavalo de Troia, presente dos gregos, um estratagema destrutivo, um engodo, que trazia a morte fraudada em um majestoso presente.

Adianta tentar convencer do bem quem já acredita no mal?

Na foto, momento de posse dos novos colegas magistrados do TRT da 2a Região, em 06 de agosto de 2012. Momento lindo, mágico, inesquecível. Não perderia por nada, pois revivo nele. A relação que o registro possui com o mito de cassandra diz respeito ao risco que todos temos de julgar pelas aparências e de não enxergar o que nos faz mal. A justiça lida com cavalos de Tróia todos os dias, na atividade e na vida pessoal das pessoas, tanto para aquelas que amamos, quanto para os demais.

Em tempo: Pouco se fala na frustração e na angústia de Cassandra: ver quem se quer bem ser enganado e arruinado por quem só deseja o mal, sabendo da verdade (sua) e impotente em sua persuasão.