23/07/2013

Baudelaire - "Le Poison"

"Le Poison"

Depois de cantar, em vão, as vantagens do vinho e do ópio..
o poeta reconhece a mulher como derradeira e mais importante fonte de devaneio e perigo.
As 3a e 4a estrofes são extraordinárias em intensidade poética.





















Mas nada disso vale o veneno que flui
     De teus olhos, olhos verdes,
Lagos onde a minha alma estremece e se vê pelo avesso
     E para onde meus sonhos acorrem em multidões
Para matar a sede nesses cruéis abismos.

Mas nada disso vale o terrível prodígio
     Da tua saliva que arde,
Mergulhando sem remorso minha alma no esquecimento,
     E em vertigem arrastando-a,
Rolando-a esvaída até as fronteiras da morte!

(Tradução livre)
Charles Baudelaire - "Le Poison", in "Fleurs du Mal" (1857)







Por problemas de natureza técnica o mecanismo de envio de mensagens está desativado.