Para viajar basta existir.
Vou de dia para dia,
como de estação para estação,
no comboio do meu corpo,
ou do meu destino,
debruçado sobre as ruas e as praças,
sobre os gestos e os rostos,
sempre iguais e sempre diferentes,
como, afinal,
as paisagens são.
Se imagino, vejo.
Que mais faço eu se viajo?
Só a fraqueza extrema da imaginação justifica
que se tenha que deslocar para sentir.
A vida é o que fazemos dela.
As viagens são os viajantes.
O que vemos, não é o que vemos,
senão o que somos."
Mudança de paradigma histórico:
Quem vai para Portugal acompanhado de Pessoa, jamais perde o lugar!
Acréscimo em 26/07/2012
O verso ""Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.", por equívoco, não constou da publicação. Corrijo-o com meu pedido de desculpas.